Um jovem morreu na noite desta quinta-feira (05/06) após trocar tiros com policiais militares no bairro Vila Mariana, em Itapeva/SP. A ocorrência está sendo investigada pela Polícia Civil, que instaurou um inquérito para apurar os fatos, diante da gravidade e complexidade do caso.
De acordo com informações coletadas pela Polícia Civil, uma equipe da Polícia Militar foi acionada pelo COPOM por volta das 17h45 para dar apoio a uma ocorrência envolvendo disparos de arma de fogo em um endereço já conhecido pelo tráfico de drogas. A denúncia inicial indicava que um indivíduo armado com um revólver calibre .38 estaria no local. No entanto, ao chegarem, os policiais foram informados que nada havia sido constatado.
Ainda assim, por se tratar de uma área com recorrentes registros de tráfico, os PMs decidiram permanecer na região como forma de inibir atividades criminosas. Por volta das 18h30, enquanto patrulhavam o corredor de acesso ao imóvel, um jovem surgiu caminhando em direção à equipe, em um trecho com pouca iluminação. Os policiais deram ordem de parada, mas o rapaz não obedeceu. Segundo a PM, ele recuou, sacou uma arma e atirou ao menos duas vezes contra os agentes, atingindo uma coluna e um muro.
Diante da agressão, os policiais reagiram. A polícia realizou dois disparos. O jovem foi atingido no rosto e no abdômen, e caiu ao solo. O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente e prestou socorro, mas o jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Ao lado do corpo, foi encontrada uma arma de fogo calibre .38, com três munições deflagradas e duas percutidas que falharam. Dentro da casa, a polícia encontrou outra munição do mesmo calibre, R$ 306,60 em dinheiro, uma certidão de nascimento e uma carteira de vacinação em nome de K. H. da S. L., além de dois celulares.
A perícia foi acionada e o local permaneceu preservado até a chegada da equipe do Instituto de Criminalística. Após a liberação da cena, todo o material recolhido foi apresentado na Delegacia de Polícia. Um cartucho de calibre .40 também foi encontrado no local.
A Polícia Civil determinou a apreensão das armas utilizadas pelos policiais para perícia balística, que irá comparar os projéteis recolhidos com os ferimentos no corpo do jovem. O caso também foi comunicado à Corregedoria da Polícia Militar, que poderá adotar eventuais medidas administrativas.
O inquérito vai apurar se houve legítima defesa por parte dos policiais, conforme previsto no artigo 25 do Código Penal, além de esclarecer todos os detalhes sobre a ação que terminou com a morte do jovem.