Foi realizado nesta quinta-feira, 17 de julho, no Fórum de Itapeva, o julgamento do caso envolvendo Bruna Caroline, acusada de tentar matar um jovem com uma tesoura de tabaco em um bar da cidade. O júri popular teve início às 10h da manhã e se estendeu até às 17h30, mobilizando várias pessoas.
O crime aconteceu em 30 de maio de 2024, há pouco mais de um ano, na Avenida Acácio Piedade. De acordo com os autos, Bruna teria comprado uma tesoura no próprio bar e, depois, desferiu um golpe no pescoço da vítima, que estava no local acompanhado de amigos. A motivação, segundo testemunhas, teria sido um desentendimento relacionado à hospedagem de um gato. A acusada acreditava que o jovem teria envolvimento no desaparecimento do animal, sem compreender que ele apenas prestava serviço de hospedagem e passeios de pets.
Durante o julgamento, prestaram depoimento a própria vítima, uma amiga que estava presente no momento do ataque, o ex-companheiro de Bruna, um policial militar e a mulher que havia doado o gato. O júri foi composto por sete pessoas, sendo cinco mulheres e dois homens.
A acusação pediu a condenação por tentativa de homicídio, com duas qualificadoras: motivo torpe, pelo desentendimento envolvendo o gato, e recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o golpe foi desferido pelas costas. Segundo informações do processo, a tesoura atingiu o pescoço por pouco mais de um centímetro de distância da jugular, colocando em risco a vida do rapaz, que precisou levar quatro pontos no ferimento.
Porém, após a votação dos jurados, Bruna Caroline acabou sendo condenada apenas por lesão corporal. A pena fixada foi de cinco meses de detenção em regime semiaberto. Como ela já estava presa preventivamente há mais de um ano, o juiz responsável pelo caso declarou sua pena integralmente cumprida e expediu de imediato o alvará de soltura.
Bruna retornou ainda nesta quinta-feira para a Penitenciária Feminina de Votorantim, onde estava detida, e deverá ser colocada em liberdade nesta sexta-feira, 18 de julho.
Ao final da leitura da sentença, a vítima deixou o plenário chorando e visivelmente indignada com o resultado do julgamento. O jovem expressou inconformismo diante da decisão do júri.