A retomada da cobrança de pedágio nas rodovias do Paraná está programada para o final de março, conforme anunciado pelo Secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. Isso ocorre após a assinatura dos contratos de concessão pelo governo federal junto às empresas vencedoras dos lotes 1 e 2 de estradas federais e estaduais no estado.
Os contratos, com duração de 30 anos, foram assinados nesta terça-feira (30), e as empresas devem investir mais de R$ 30 bilhões em obras ao longo de mais de mil quilômetros de estradas. O início oficial do contrato está marcado para 28 de fevereiro, sem a cobrança de pedágios.
Antes mesmo do período oficial do contrato, as empresas iniciarão obras de manutenção ao longo do mês de fevereiro, sem afetar o fluxo de veículos durante o feriado de Carnaval. Somente após essa etapa inicial de obras é que a cobrança da tarifa será autorizada.
A concessionária Via Araucária administrará as rodovias do primeiro lote, abrangendo importantes vias como BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427, que passam por Curitiba, região metropolitana e Campos Gerais. O lote 1 incluirá obras de duplicação em rodovias cruciais, como a BR-373 e BR-277.
Já o segundo trecho será gerido pela concessionária EPR Litoral Pioneiro e incluirá trechos das rodovias BR-153, BR-277, BR-369 e das estaduais PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855, passando por Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro. Entre as melhorias previstas está a aplicação de terceira faixa na BR-277 até o litoral.
O novo modelo de pedágio foi implementado após o encerramento das concessões antigas em 2021 devido a insatisfações com os contratos anteriores. Neste novo modelo, motocicletas de até 150 cilindradas serão isentas do pedágio. A Secretaria de Infraestrutura e Logística assegurou que os condutores serão notificados sobre o reinício da cobrança.
Anteriormente, as principais ligações rodoviárias paranaenses estavam sob responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o que resultou em sobrecarga do sistema devido à alta demanda por obras e eventos naturais, como deslizamentos de terra, nas grandes rodovias, como a BR-277.