Na manhã deste sábado, 21 de dezembro, por volta das 8h30, um acidente ocorreu na Avenida Expedicionários de Itapeva, envolvendo um veículo Fiat Uno preto e uma motocicleta com dois ocupantes. Isso, trouxe à tona não apenas questões de segurança viária, mas também problemas estruturais no sistema de atendimento de emergência do município.
De acordo com informações apuradas, o Fiat Uno estava parado em uma área lateral da avenida com terra, utilizada como uma espécie de “acostamento”. O motorista tentou entrar na via em um movimento que não ficou claro: se ele pretendia fazer uma conversão, atravessar para o outro lado da avenida ou ir em direção a um bar próximo. Importante ressaltar que o local possui faixa contínua, onde retornos e conversões são proibidos.
No momento da manobra, uma motocicleta com um homem e uma mulher trafegava no sentido Bela Vista. A colisão foi inevitável. O impacto arremessou os ocupantes da moto ao chão.
Atendimento inicial e demora no socorro:
O condutor do Fiat Uno, que estava acompanhado por outro homem, permaneceu no local. Minutos após o acidente, a Polícia Militar chegou para isolar a área, seguida de uma equipe dos bombeiros que, embora não fosse de resgate, prestou os primeiros socorros às vítimas.
As vítimas foram colocadas em pranchas pelos bombeiros enquanto aguardavam a chegada de uma ambulância. No entanto, o socorro especializado demorou cerca de 1 hora e 30 minutos para chegar, devido à indisponibilidade imediata das equipes do SAMU e do Corpo de Bombeiros, ambas empenhadas em outras ocorrências.
A demora no atendimento não é culpa das corporações, mas sim da gestão municipal, que não disponibiliza ambulâncias suficientes para atender a demanda crescente do município e da região. Essa deficiência tem causado transtornos para pacientes locais e para aqueles que realizam tratamentos fora da cidade. Profissionais que atuam no socorro enfrentam dificuldades constantes, sendo sobrecarregados e, muitas vezes, impossibilitados de prestar um atendimento mais ágil e seguro.
Condutor do Uno se recusou ao teste do bafômetro:
O motorista do Fiat Uno se recusou a realizar o teste do bafômetro. Ele será autuado pela recusa e poderá responder por lesão corporal na direção de veículo automotor, conforme a legislação vigente.
As vítimas do acidente foram encaminhadas ao pronto-socorro de Itapeva, e seu estado de saúde não foi divulgado até o momento.
Esse acidente expõe não apenas a imprudência no trânsito, mas também a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e no sistema de saúde, principalmente no que diz respeito ao suporte de urgência e emergência. A população, mais uma vez, é quem sofre as consequências de uma gestão que precisa priorizar o básico: segurança e atendimento digno.