Na semana passada, um escândalo envolvendo uma Carreta da Alegria de Minas Gerais e a prefeitura de Itararé culminou em confrontos e denúncias. A carreta, que havia pagado taxas para operar em uma festa local, foi impedida de trabalhar ao chegar na cidade.
O proprietário da empresa, Alencacio, havia protocolado um pedido em fevereiro deste ano para operar em Itararé durante o mês de junho. Após pagar R$ 2.800 em taxas e submeter todos os documentos exigidos, que foram confirmados como regulares pela diretoria municipal de trânsito, Alencacio se deslocou de Minas Gerais para Itararé. Ele investiu em divulgação local, incluindo a distribuição de 15 mil panfletos e também em rádios locais.
No entanto, no dia do evento, funcionários públicos informaram a Alencacio que seu alvará havia sido indeferido. Ele descobriu que um ônibus da alegria, cujo pedido de autorização foi feito apenas alguns dias antes, estava autorizado a operar. Segundo Alencacio, a liberação do ônibus ocorreu no dia da festa, enquanto a sua autorização foi negada devido a um despacho do Secretário Municipal de Administração de Itararé. O despacho citava a existência de um pedido anterior e a limitação de um único prestador desse tipo de serviço na cidade, devido à capacidade limitada do trânsito e à população reduzida.
Alencacio foi instruído a deixar o local e foi informado que teria as taxas ressarcidas. A situação, porém, escalou quando ele já estava com 60 pessoas dentro de sua carreta e foi instruído a esvaziar o veículo. Alencacio ainda teve um confronto com Alexander Franson, proprietário do ônibus da alegria e diretor da 16ª região administrativa de Itapeva, levantando suspeitas de favorecimento. Alexander teria afirmado que controlava 32 cidades da região, gerando ainda mais indignação em Alencacio, que decidiu buscar assistência legal.
Em resposta, Alexander alegou ter sido ameaçado por Alencacio, que teria dito estar armado e que atiraria nele. Uma busca pela Guarda Civil Municipal de Itararé não encontrou nada ilícito no veículo de Alencacio. Após a decisão judicial favorável no dia 17 de junho, Alencacio finalmente conseguiu operar sua carreta.
A prefeitura de Itararé emitiu uma nota informando que, após deliberação interna, autorizou o funcionamento da Carreta da Alegria. O espaço permanece aberto para todas as partes envolvidas, caso queiram falar, nós falamos via telefone com Alexander na tarde de ontem, e ele afirmou que cederia uma entrevista logo após a decisão judicial, porém, a justiça já se manifestou mas Alexander não retornou contato com nossa equipe até o momento.