No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a data que deveria simbolizar respeito e igualdade se torna um lembrete cruel da violência que muitas mulheres ainda enfrentam. Em Itapeva, a família de Lisandra Aparecida vive o luto e a indignação, buscando respostas para um crime brutal que segue sem solução. O principal suspeito, seu marido Allan Queiroz Garcia, continua foragido, e a justiça ainda não trouxe o alívio que os familiares tanto esperam.
Em entrevista exclusiva, a irmã de Lisandra, Daniele Cristina, relembrou o momento de desespero vivido pela família. “Minha mãe ligava, ligava para Lisandra, mas ela não ia mais atender. Ele já tinha matado ela”, disse, emocionada. Sem respostas, Daniele revelou que tem feito investigações por conta própria para tentar encontrar o paradeiro do suspeito, mas sem sucesso.
A cunhada Edineia descreveu a dor que a família tem enfrentado desde a tragédia, enquanto a sobrinha de Lisandra, Ana Julia, questionou a demora das autoridades: “Nós não sabemos como estão as investigações, o que já foi feito e o que será feito.” A revolta da família ecoa o sentimento de uma sociedade que clama por justiça e segurança para as mulheres.
Justiça de Itapeva procura Allan Queiroz Garcia, suspeito de feminicídio
A Justiça de Itapeva expediu um mandado de prisão preventiva contra Allan Queiroz Garcia no dia 10 de janeiro de 2025. Ele é acusado de homicídio qualificado e permanece foragido desde o crime.
As autoridades pedem a colaboração da população para localizar o suspeito. Qualquer informação sobre seu paradeiro pode ser repassada anonimamente pelo telefone 190 ou diretamente em uma delegacia.
Relembre o caso:
No dia 4 de janeiro de 2025, um crime brutal chocou os moradores de Itapeva. O corpo de Lisandra Aparecida foi encontrado sem vida dentro de sua casa, na Rua Priscila Urbano dos Santos.
Segundo autoridades locais, foi o sogro da vítima foi quem fez a terrível descoberta. Ele procurava pelo filho, Allan, que não havia comparecido ao trabalho. Ao entrar na residência, encontrou Lisandra caída no chão, com uma bolsa ainda pendurada no ombro.
A Polícia Civil informou que não havia sinais de arma de fogo ou faca no local, mas marcas no pescoço levantaram a suspeita de estrangulamento. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a causa da morte.
Allan Queiroz Garcia, marido da vítima há mais de 10 anos e pai do filho de Lisandra, tornou-se o principal suspeito do crime. Ele desapareceu logo após o ocorrido, levando consigo sua motocicleta, uma CG 160 vermelha, placa GHR 5010.
