A preocupação com a propagação de uma nova variante do vírus da COVID-19, nomeada popularmente de Éris (ou EG.5), tem se intensificado nas últimas semanas. Essa cepa, uma subvariante da Ômicron que atualmente domina a maioria dos casos em todo o mundo, levanta questionamentos sobre seus sintomas e impacto global.
**Sintomas da Variante Éris**
Os sintomas associados à variante Éris se assemelham aos observados em casos anteriores de COVID-19, incluindo:
– Coriza;
– Espirros;
– Tosse seca persistente;
– Febre e dor de garganta também podem estar presentes.
**Disseminação Global e Situação no Brasil**
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou a presença da cepa Éris em mais de 50 países. No entanto, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) esclarece que, até o momento, não houve mudança significativa no cenário de casos notificados de COVID-19 no Brasil, nem aumento substancial de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Com base nos dados nacionais disponíveis, a SBI enfatiza que as recomendações vigentes permanecem intactas. Especialistas também ressaltam que não é necessário entrar em pânico, mas é fundamental que as pessoas mantenham a vigilância quanto à cobertura vacinal. Apesar da percepção de que variantes como a Ômicron e, por extensão, a Éris, resultam em infecções menos graves, os especialistas lembram que a proteção através da vacinação é crucial.
Mellanie Fontes-Dutra, biomédica da Rede Análise Covid-19, destaca: “A variante só é menos perigosa se as pessoas estiverem vacinadas. Dados sobre a Ômicron – embora não específicos sobre a Éris – indicam que essa percepção de menor gravidade não se deve às características da variante, mas sim à vacinação.”
**Uso de Máscaras e Recomendações**
Diante das notícias sobre a variante Éris, muitas pessoas e instituições têm optado por retomar o uso de máscaras. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, emitiu um comunicado recomendando o uso de máscaras em ambientes fechados e em situações de aglomeração em suas instalações. No entanto, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), manifestou-se contrário a essa medida.
Mellanie Fontes-Dutra lembra que as máscaras continuam eficazes para reduzir o risco de exposição ao vírus, apesar do declínio nas hospitalizações. “Embora o número de hospitalizações tenha diminuído, muitas pessoas deixaram de usar máscaras, mas sua eficácia permanece inalterada,” pondera a especialista.
**Impacto Global e Medidas Adotadas**
A variante Éris já se tornou a cepa dominante nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Nos EUA, autoridades de saúde estão planejando administrar doses de reforço de vacinas COVID-19 com uma nova formulação, voltada para as subvariantes XBB, que foram responsáveis pela maioria das infecções em 2023.
Vale ressaltar que, apesar da declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a emergência de saúde pública global havia terminado há mais de três meses, a COVID-19 persiste. Conforme os dados da própria OMS, aproximadamente 300 mil casos da doença foram registrados no mundo nos últimos sete dias.
*Com informações do Estadão Conteúdo*