Allan Queiroz Garcia, principal suspeito de matar a esposa Lisandra Aparecida, se entregou à polícia na tarde de quarta-feira (11/06), na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itapeva. Ele passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (12/06) e será transferido nos próximos dias para o presídio de Cerqueira César, onde aguardará julgamento em regime fechado.
O crime, que chocou a população de Itapeva e gerou comoção nas redes sociais, ocorreu no dia 4 de janeiro de 2025. Desde então, o acusado estava foragido. O mandado de prisão preventiva foi expedido em 8 de março, data que coincidiu com o Dia Internacional da Mulher, aumentando a pressão pública por justiça.
Familiares da vítima vinham cobrando respostas das autoridades e denunciaram lentidão nas investigações. A irmã de Lisandra, Daniele Cristina, chegou a relatar que a própria família fazia buscas por conta própria. Já a cunhada Edineia e a sobrinha Ana Júlia se manifestaram diversas vezes nas redes, pedindo justiça e criticando a impunidade.
Agora, com a prisão de Allan, o processo segue para a fase judicial. O acusado será mantido preso enquanto aguarda julgamento.
Relembre o caso:
🚨 Mulher é encontrada morta em casa e marido é apontado como principal suspeito
No sábado, 4 de janeiro de 2025, uma tragédia foi registrada no bairro Taquari, em Itapeva. O corpo de Lisandra Aparecida foi encontrado sem vida dentro da residência do casal, na Rua Priscila Urbano dos Santos.
A descoberta foi feita pelo sogro da vítima, que, segundo ele, ficou preocupado com a falta de notícias do filho, marido de Lisandra, desde a noite anterior. Após diversas tentativas frustradas de contato e ao perceber que o filho não havia ido trabalhar, ele decidiu ir até a casa. Ao entrar, encontrou Lisandra caída no chão, com uma bolsa no ombro e já sem sinais vitais.
A Polícia Civil, a Polícia Militar e a Polícia Científica foram acionadas. De acordo com os peritos, não havia sinais de arma branca ou arma de fogo, mas marcas no pescoço da vítima indicavam possível estrangulamento. A confirmação da causa da morte foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba.
O marido, com quem Lisandra mantinha um relacionamento de mais de 10 anos e com quem tinha um filho, desapareceu logo após o crime, junto com sua motocicleta, uma CG 160 vermelha, placa GHR 5010. Ele passou a ser o principal suspeito e foi alvo de um mandado de prisão preventiva.
A prisão de Allan encerra uma etapa de dor e busca por respostas por parte da família, mas reacende o debate sobre a violência contra a mulher e a necessidade de justiça célere nesses casos.