Em maio deste ano, trabalhadores terceirizados que prestam serviços de transporte escolar para a Prefeitura Municipal de Itapeva já haviam relatado à nossa equipe a falta de pagamento referente ao mês de março. Na ocasião, procuramos o então Secretário de Educação do município, que se recusou a comentar o caso e nos direcionou à prefeitura.
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Entramos em contato com a assessoria do prefeito Mario Tassinari, mas não obtivemos resposta. Dias depois, os trabalhadores receberam seus salários. No entanto, a situação se repetiu. Pouco tempo depois, os pagamentos referentes aos meses de abril e maio também ficaram em atraso. Preocupados, os proprietários de vans e ônibus escolares procuraram nossa equipe de reportagem novamente, relatando que a falta de pagamento estava impossibilitando a realização de manutenções essenciais em seus veículos, comprometendo a qualidade e segurança do serviço prestado.
Mesmo enfrentando dificuldades financeiras, os trabalhadores decidiram não entrar em greve, em respeito às crianças que aguardavam ansiosamente as festas juninas no mês de junho. Demonstrando comprometimento com os estudantes, os proprietários de vans e ônibus continuaram a prestar o serviço de transporte escolar, apesar de não terem recebido seus salários.
No entanto, a situação se agravou com a aproximação das férias escolares. A incerteza sobre o pagamento se intensificou, já que, com o recesso, os trabalhadores ficariam ainda mais vulneráveis financeiramente. Passados os meses de agosto e setembro, e já em outubro, os trabalhadores seguem sem receber os valores devidos pela prefeitura.
A falta de resposta por parte da administração municipal levanta questionamentos: até quando os terceirizados terão que esperar pelos pagamentos? O comprometimento dos trabalhadores é evidente, mas a postura da prefeitura, marcada pelo silêncio e a falta de ações concretas, é cada vez mais preocupante.
